O Cronómetro e as Rosas

Ana Bela Cabral


No passado dia 20 de março, teve lugar a nossa 4.ª Oficina de Filosofia e Motivação. Continuámos a explorar os símbolos do monge de Robin Sharma, mais precisamente, o cronómetro e as rosas.
Em jeito de Brainstorming, o grupo refletiu sobre o que a ideia de um cronómetro sugere: as noções de tempo, de meta, de melhoramento e de objetivo desportivo surgiram de imediato, indo ao encontro do sentido que Sharma lhe quis imprimir. O sentido de que o tempo é um bem precioso, porque esgotável, que deve ser respeitado!
Na obra O Monge que Vendeu o seu Ferrari, bem como em outras obras de Sharma (nomeadamente em O Santo, o Surfista e a Executiva), insiste-se muito na ideia de que se deve ter a coragem de dizer não a tudo o que nos faz desperdiçar tempo e de que se deve viver cada dia como se fosse o último. A filósofa francesa Françoise Dastur afirma, a este propósito, que só a consciência da morteabre a possibilidade de estar aqui e agora! Estas questões remetem-nos inevitavelmente para outros autores de referência (designadamente Eckhart Tolle) e para conceitos como o “poder do Agora” e a Mindfulness ou Plena Consciência que terão um tratamento individualizado em outra oficina.
Questionados sobre se se consideravam bons gestoresdo seu tempo, os participantes não deixaram de referir alguns “entraves”, nomeadamente a procrastinação e o surgimento de imponderáveis resultantes da inexperiência, do mau planeamento ou, pelo contrário, do perfecionismo. Na procura conjunta de estratégias para contornar esses obstáculos surgiu a tomada de notas e a atribuição de prioridades às tarefas definidas a fim de evitar a dispersão.
No que se refere às rosas, explicou-se o conceito de altruísmo e a sua importância na qualidade de vida: «A qualidade da tua vida reduz-se à qualidade do teu contributo no mundo. Ao melhorar a vida dos outros, melhoras a tua própria vida!». Neste contexto, os conselhos de Sharma são: praticar diariamente o bem, dar a quem necessita e cultivar relações mais profundas. Estes conceitos remeteram o grupo para outros autores como Madre Teresa («Que todas as pessoas que vierem ao teu encontro possam sair de junto de ti mais felizes e melhores») e Luís Portela que na sua checklistdiária inclui o respeito ao semelhante, o nível de tolerância, as palavras e as atitudes utilizadas em situação de discórdia, e a disponibilidade para se ser útil sem nada solicitar em troca.

Para a generalidade dos participantes, o altruísmo traduz-se em mais atenção e mais escuta aos/para com os outros. Constatou-se, no entanto, uma dificuldade crescente no cultivo de relações profundas, dificuldade essa que foi justificada pela falta de tempoe pelo egoísmo vigente, temas que – por si só – preencheriam outra oficina!

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